segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Correcções 2º Teste 1º Período

TURMA D
QUESTÕES:
1. Explique, com base no texto, a especificidade da acção humana.
2. Identifique e caracterize, as fases do acto voluntário.
3. Identifique, na situação relatada pelo texto, os elementos da rede conceptual da acção.
4. Defina condicionantes da acção e caracterize os vários tipos associados ao comportamento humano.

CORRECÇÃO POR OBJECTIVOS: (Tópicos de análise e dissertação)

1.Esclarecer aspectos de convergência e de divergência entre o comportamento humano e animal:

Referir que só no domínio natural/biológico se podem estabelecer semelhanças (ilustrar com exemplos de condutas associadas à satisfação de necessidades básicas, garantia da sobrevivência individual e da espécie).
Demarcar/diferenciar os comportamentos biológicos e instintivos na espécie humana dos comportamentos rígidos, automáticos e padronizados das restantes espécies: frisar que na espécie humana os comportamentos instintivos puros são, praticamente, inexistentes.
Demonstrar que essa diferenciação ocorre, fundamentalmente, porque na espécie humana as acções são racional e voluntariamente dirigidas e as predisposições genéticas/biológicas, são permanentemente integradas e moldadas pelas dimensões histórica e socio-cultural em que o homem se integra.
Esclarecer que a actividade inventiva e compensadora das limitações naturais (referida pelo texto) ultrapassa, na espécie humana, a luta pela sobrevivência e continuidade da espécie e remete para a construção de um projecto de vida que implica:
- uma auto-consciência de si e da mortalidade – que passa pela consciência do tempo(temporalidade).
- uma construção de conhecimentos e respectiva aplicação nos contextos social e cultural : ao transformar a natureza, o homem é construtor de si próprio, através do uso de faculdades especificamente humanas, como o pensamento e a linguagem, das quais dependem todas as grandes criações como a ciência, a tecnologia, as artes, etc., pelo que o nicho ecológico do homem não é, simplesmente, o mundo dado (a natureza), mas um mundo construído pelo pensamento associado à acção: o nicho ecológico do homem é, simultaneamente, bio-socio-cultural.

2. Identificar as fases do acto voluntário: concepção, deliberação, decisão e execução.

Caracterizar cada uma das fases: A concepção consiste na planificação da acção que, por sua vez, implica a identificação e selecção dos meios adequados para atingir determinados objectivos (metas). A deliberação implica a ponderação e análise das hipóteses, dos motivos e consequências das acções; este facto pode originar dificuldades nas opções a tomar, uma vez que podem ocorrer conflitos que dificultam as escolhas. A decisão traduz-se na opção por uma das hipóteses colocadas na fase anterior e, consequentemente, na ultrapassagem de conflitos. A execução é a acção propriamente dita: corresponde à concretização da hipótese de acção seleccionada na fase anterior - é a passagem da intenção ao acto.

3. Associar ao conteúdo do texto, os elementos da rede conceptual da acção:
Agente - António

Intenção – Alhear-se dos problemas familiares e deixar todo o seu serviço concluído, antes do atendimento aos clientes. Evitar uma discussão acesa com o gerente.
Motivo – A situação difícil em que se encontrava (problemas familiares relacionados com a saúde da filha, acréscimo de despesas no médico e na farmácia).
Consciência – A percepção de si como autor e responsável pelos seus actos e a noção da sua situação delicada em termos familiares, financeiros e profissionais.
Livre arbítrio – A capacidade de realizar escolhas conscientes e voluntárias e de agir em conformidade com essas escolhas: António escolheu cumprir a ordem do gerente (despachar o serviço do colega), calando a sua revolta e evitando discussões que só agravariam, ainda mais, a sua situação.

4 .Definir condicionantes da acção; caracterizar os tipos de condicionantes:

Designam-se por condicionantes da acção todos os factores (externos ou inerentes ao sujeito) que interferem no modo como exerce a sua liberdade, condicionando ou limitando a forma como realiza as suas escolhas e acções.
Os condicionantes fisico-biológicos – englobam factores de vária ordem, relacionados com as condições ambientais, o património genético e as características físico-biológicas do próprio sujeito.
Os condicionantes histórico-socio-culturais – traduzem o contexto e as características da sociedade e da cultura em que nos inserimos: o património de conhecimentos, os hábitos/costumes, as regras, os preconceitos e os valores que caracterizam a sociedade em que nos integramos e que vamos interiorizando, ao longo da vida, por intermédio do processo de socialização: influência de todas as instituições e relações sociais que orientam, regem e controlam os nossos comportamentos (a família, a escola, a inserção no mundo do trabalho, as relações pessoais e socio-profissionais, os tribunais, a polícia, entidades culturais e desportivas, etc.).
Nota: ( é na interacção entre todos estes factores, que se forma o carácter e a personalidade de cada sujeito, responsável pela identidade de cada indivíduo e, consequentemente, pelo modo particular como cada um realiza as suas opções e concretiza as suas acções/comportamentos).

TURMAS: A B C
QUESTÕES:

1. Explique, com base no texto, a especificidade da acção humana.
2. Esclareça a afirmação, integrando os aspectos sublinhados.
3. Identifique os elementos da rede conceptual da acção e caracterize a orientação da vontade (querer) do protagonista da história.
4. Defina condicionantes da
acção e esclareça o seu papel no reforço da liberdade e responsabilidade do agente.

CORRECÇÃO POR OBJECTIVOS: (Tópicos de análise e dissertação)

1.Esclarecer aspectos de convergência e de divergência entre o comportamento humano e animal:
Referir que só no domínio natural/biológico se podem estabelecer semelhanças (ilustrar com exemplos de condutas associadas à satisfação de necessidades básicas, garantia da sobrevivência individual e da espécie).
Demarcar/diferenciar os comportamentos biológicos e instintivos na espécie humana dos comportamentos rígidos, automáticos e padronizados das restantes espécies: frisar que na espécie humana os comportamentos instintivos puros são, praticamente, inexistentes.
Demonstrar que essa diferenciação ocorre, fundamentalmente, porque na espécie humana as acções são racional e voluntariamente dirigidas e as predisposições genéticas/biológicas são permanentemente integradas e moldadas pelas dimensões histórica e socio-cultural em que o homem se integra.
Esclarecer que a actividade inventiva e compensadora das limitações naturais (referida pelo texto) ultrapassa, na espécie humana, a luta pela sobrevivência e continuidade da espécie, ameaçando, até, outras espécies e remetendo para a construção de um projecto de vida que implica:
- uma auto-consciência de si e da mortalidade – que passa pela consciência do tempo(temporalidade).
- uma construção de conhecimentos e respectiva aplicação nos contextos social e cultural : ao transformar a natureza, o homem é construtor de si próprio, através do uso de faculdades especificamente humanas como o pensamento e a linguagem, das quais dependem todas as grandes criações como a ciência, a tecnologia, as artes, etc.. Concluir que o nicho ecológico do homem não é, simplesmente, o mundo dado (a natureza), mas um mundo construído pelo pensamento/conhecimento associados à acção: o nicho ecológico do homem é, simultaneamente, natural/biológico e histórico/socio-cultural .

2. Distinguir os conceitos: “acontecer”, “fazer” e “agir”e contextualizá-los na afirmação:
As nossas acções são, apenas, “algumas das coisas que fazemos” e, por isso, distinguem-se das condutas que se inscrevem na ordem do “fazer” e dos factos e acontecimentos que ocorrem, independentemente da intenção, vontade e acção de cada sujeito. Assim, integram-se na ordem do agir apenas os comportamentos conscientes, intencionais e voluntários que exprimem as opções, as decisões e as acções praticadas por um sujeito no pleno uso do seu livre-arbítrio e que, por isso, (enquanto actos conscientes, voluntários e intencionais) acarretam a responsabilidade do agente. São exemplos de acções, casar, estudar, pensar, ler, discursar, dirigir uma empresa, etc.
Na ordem do fazer, integram-se as condutas instintivas e as respostas automáticas e involuntárias: todo o tipo de comportamentos que se designam por reacções/actos reflexos, bem como todos os automatismos associados a condutas rotineiras que realizamos de forma quase automática, sem reflectir e sem serem planeados. Inscrevem-se na ordem do fazer, comportamentos como “piscar os olhos” por efeito de uma luz intensa, os movimentos musculares causados por choque ou pancada, o pânico involuntário e inconsciente quando ficamos bloqueados no elevador, ressonar, espirrar, lavar os dentes todas as manhãs por simples automatismo rotineiro, etc.
Acontecimentos são todos os factos e situações que ocorrem objectivamente e que são independentes da vontade, intenção ou acção do sujeito. Os acontecimentos objectivos podem, no entanto, dar origem a reacções e a acções. Exs: fecho os olhos como mecanismo de defesa face a uma luz intensa (luz solar ou outra). Planifico onde vou investir o dinheiro que me saiu no Euro- milhões; reajo com um insulto quando sou agredido, etc., etc.
Nota: Por outro lado, também existem acontecimentos que decorreram de iniciativas subjectivas individuais ou consertadas (da responsabilidade de um ou de mais sujeitos como, por exemplo, a 2ª Guerra Mundial, o ataque às Torres Gémeas, etc.). Não é a esse tipo de situações que se aplica a designação de puro “acontecer”- uma vez que, em todo o caso, resultaram de acções.

3. Associar ao conteúdo do texto, os elementos da rede conceptual da acção; caracterizar a orientação da vontade do sujeito (agente).

Agente - Gonçalo
Intenção – preservar aquele emprego; garantir a subsistência da família.
Motivo – A situação difícil em que se encontrava: tinha sido admitido recentemente na empresa, depois de um longo período em que esteve desempregado; tinha sido pai pela primeira vez e as despesas aumentaram.
Consciência – A percepção de si como autor e responsável pelos seus actos e a noção da sua situação delicada em termos familiares, financeiros e profissionais.
Livre arbítrio – A capacidade de realizar escolhas conscientes e voluntárias e de agir em conformidade com essas escolhas: Gonçalo escolheu não aderir à greve, apresentar-se mais cedo no local de trabalho e começar a trabalhar.
Neste caso, o sujeito vivenciou um conflito intenso (fase da deliberação) entre as suas convicções e valores pessoais (seria de inteira justiça aderir à greve) e os seus interesses e deveres socio-profissionais e familiares (manter o emprego e garantir a subsistência da família). Resolveu o conflito, executando uma acção que cedeu a elementos involuntários do querer que foram assumidos como deveres: na realidade, Gonçalo foi trabalhar por receio de perder o emprego e para garantir a subsistência da família e não por motivos voluntários da sua vontade: contrariou as suas convicções e os seus valores, mas a sua acção não deixou de ser consciente e voluntária: exerceu o seu livre arbítrio integrando, na sua vontade, elementos estranhos ao seu querer inicial (elementos involuntários mas conscientes).

4 .Definir condicionantes da acção; esclarecer o seu papel na afirmação da liberdade e responsabilidade do agente:

Designam-se por condicionantes da acção todos os factores (externos ou inerentes ao sujeito) que interferem no modo como exerce a sua liberdade, condicionando ou limitando a forma como realiza as suas escolhas e acções.
Se a acção humana não implicasse o confronto entre o sujeito e as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis ao exercício do seu livre‑arbítrio (que se traduz na capacidade de escolher e de agir, em conformidade com a sua consciência e vontade), a liberdade não faria sentido e as acções não seriam efectivamente responsáveis e livres: a liberdade implica a capacidade de escolher, decidir e agir, assumindo as responsabilidades por essas escolhas livremente realizadas. Só quando enfrenta obstáculos ou limitações ao exercício das suas escolhas é que o sujeito se sente desafiado a exercer a sua liberdade (a ter que decidir e optar) ganhando consciência e responsabilidade pelos seus actos – sentindo-se, efectivamente, como o único e verdadeiro autor da sua própria vida e responsável por tudo o que nela resultar das suas escolhas e acções. Se o sujeito conduzir a sua vida apenas pelas opções ou pressões alheias ou se se demitir de escolher quando enfrenta factores que condicionam as suas opções e decisões, nunca será verdadeiramente livre; logo, nunca será verdadeiramente responsável a não ser pela sua própria apatia, conformismo e inacção que o tornarão facilmente manipulável pela vontade alheia ou pelas circunstâncias: não será um homem livre mas uma “marioneta”.
FIM

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Matriz Teste 2 - 1º Período - Dezembro



Informação: para a realização desta Prova é necessário adquirir, na Papelaria, folha de teste.

ESTRUTURA:

2 Textos
4 Questões de resposta extensa e orientada (sendo 2 questões subordinadas aos textos).

COTAÇÕES:

2x 40 + 2x 60 = 200 pontos (20 valores)
Em cada uma das questões estão reservados 10 pontos para a avaliação de aspectos formais:
- Qualidade da redacção (ortografia, nexo lógico da exposição, vocabulário comum e pertinência do vocabulário específico).

CONTEÚDOS:

A Acção Humana – Análise e compreensão do agir:
· Complexidade e especificidade da acção humana.
· Distinções entre “agir”, “fazer” e “acontecer”.
· A Rede Conceptual da Acção – sua composição e implicações na compreensão e
caracterização do agir.
· Etapas/Fases do acto voluntário e respectiva caracterização.
· Condicionantes físico-biológicas-psicológicas e socio-culturais da acção; respectivas
implicações na liberdade e responsabilidade do agente.

OBJECTIVOS:

Reconhecer, aplicar e relacionar conceitos específicos.
Interpretar, analisar e dissertar sobre os temas/conteúdos propostos.

RECURSOS a EXPLORAR:

No Manual: da pág. 41- 49; leitura de textos complementares: págs. 51-53.
Materiais de apoio divulgados, correcção de actividades efectuadas e apontamentos colhidos nas aulas, no âmbito deste tema.
P.S. Qualquer dúvida que surja durante o estudo da matéria, estarei atenta e responderei; não deixem de contactar.
Bom Estudo !

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Proposta de Abordagem da Actividade Formativa de Grupo: Especificidade da Acção Humana

" O Homem é um ser inacabado e em permanente auto-construção.
Nunca lhe bastou o que a Natureza lhe deu".

Questões:

1. Caracterizem, nos seus traços fundamentais, a especificidade da Acção Humana.
2. Traduzam a tese do texto, no que se refere aos comportamentos fisico-biológicos (naturais /instintivos) na espécie humana, comparativamente às restantes espécies.
3. Exprimam o que se entende por “ livre arbítrio”.
4. Esclareçam o papel da temporalidade nos comportamentos humanos.
5. Relacionem as afirmações anexas à gravura, com a seguinte frase: “ o homem constrói-se a partir das escolhas que realiza”.




1.
• As acções humanas são os únicos comportamentos orientados e dirigidos pela racionalidade associada à vontade (exercício da liberdade). Este facto determina que embora a conduta humana seja livre, a liberdade não deve ser entendida como absoluta ou isenta de obstáculos e limites que a condicionam; (estes obstáculos/limites são vulgarmente designados por “condicionantes da acção”).
São os únicos comportamentos que se desenvolvem, simultaneamente, em 3 dimensões: a dimensão biológica/fisiológica, a dimensão social e a dimensão cultural. Estas dimensões, que são inseparáveis, contribuem para a estruturação de uma dimensão psicológica, que se reflecte na identidade de cada sujeito, na construção de uma personalidade individual, responsável pela enorme diversidade dos comportamentos humanos.
• Assumem uma complexidade não equiparável aos comportamentos das outras espécies, uma vez que estes se centram, exclusivamente, na satisfação de necessidades básicas instintivas (do foro biológico/fisiológico) geneticamente programadas e transmitidas que visam, basicamente, garantir a sobrevivência individual e a continuidade da espécie.
As acções humanas dirigem-se à construção de um PROJECTO de VIDA que implica:
- uma consciência de si ( do sujeito, como agente da acção).
- uma consciência do tempo (passado, presente e futuro) e das metas a atingir.
- O domínio de uma função simbólica e reflexiva, exclusiva da espécie humana e construtora de significações, que passa pela aquisição e uso da linguagem (essencial nos processos de produção/aquisição e transmissão de conhecimentos, de relação com o mundo e de socialização)
.



2. (TESE do TEXTO): Na óptica do texto não existem, na espécie humana, comportamentos puramente biológicos/naturais/instintivos.
(ARGUMENTOS): mesmo aquelas condutas aparentemente mais instintivas, como o impulso de sobrevivência, o impulso sexual e outros, são, na espécie humana, muito mais complexos do que nas restantes espécies. Na espécie humana estes impulsos são condicionados e moldados por factores psicológicos, sociais, culturais e pelas escolhas consciente e voluntariamente assumidas pelo sujeito. Se assim não fosse, não se entenderia que o homem seja a única espécie capaz de abdicar da sua vida em prol de causas e valores, implementar formas de protesto radicais como, por exemplo, iniciar uma greve de fome e levá-la a limite (até à morte), ou assumir práticas e rituais de sexualidade tão diferenciadas e moldadas social e culturalmente. Nas outras espécies a sexualidade é fixada exclusivamente por padrões biológicos, genéticos, sendo os comportamentos e os rituais reprodutivos invariáveis e rígidos dentro da mesma espécie o que permite definir, a esse nível, comportamentos padrão; na espécie humana essa uniformidade e rigidez seria impensável. A sexualidade humana é condicionada por variadíssimos factores (além dos biológicos), como a educação e a personalidade do sujeito, a sociedade e a cultura em que se insere, etc.

3. O livre arbítrio traduz-se na capacidade específica de um ser racional para decidir e agir livremente, isto é, de acordo com opções consciente e voluntariamente assumidas. (Nas inúmeras possibilidades e obstáculos que se apresentam, o agente da acção é o árbitro das suas realizações: é ele quem decide e se o fizer no pleno uso da sua liberdade é ele, também, o único responsável pelas suas escolhas e comportamentos).

4. Sendo a temporalidade uma noção consciente do tempo, tal consciência é determinante para a compreensão da acção humana como realização de um projecto de vida: sem essa consciência permanente, a existência humana não faria qualquer sentido, já que cada sujeito desenvolve a sua vida no presente, tendo em conta as memórias e experiências do passado e, em função disso, perspectiva e planeia o futuro. A consciência da sua finitude como facto incontornável, transforma o futuro num plano de auto-realização e construção de um projecto de vida. O homem é a única espécie que interioriza e conceptualiza muito precocemente, a sua mortalidade.

5. (Relacionando as afirmações): Se é o pensamento que me confere a noção da minha própria existência (e da existência do Mundo como plano de realizações) são as minhas escolhas que determinam o sentido e a execução das minhas acções. Assim, tudo o que EU SOU, (para além da minha estrutura biológica e geneticamente herdada), foi construído na relação entre o meu pensamento, as minhas escolhas e as minhas acções.

Correcção do Teste Sumativo nº 1 - 1º Período

VERSÕES 1 e 2

GRUPO I
15 itens de escolha múltipla:

V.1 / V. 2

1. B / A
2. D / D
3. B / B
4. B / D
5. C / D
6. D / B
7. D / C
8. A / C
9. C / A
10. B / C
11. C / D
12.A / B
13.B / B
14.D / C
15.C / B

Grupo II

(6 itens de resposta condicionada / orientada)

O conceito é a mais elementar operação do entendimento; é uma noção mental, abstracta e geral que define a natureza de seres, realidades e objectos, permitindo distingui-los de outros, de espécies diferentes. (Todo o conhecimento tem, por base, a produção de conceitos). (Responde à questão 1. versão 1)

Classificação: O raciocínio é sólido.
Justificação: Satisfaz, simultaneamente, os critérios lógicos da verdade e da validade. No que toca à verdade, todo o seu conteúdo (premissas e conclusão) está de acordo com a realidade; cumpre, ainda, o critério da validade lógica, uma vez que a sua forma é válida: a conclusão derivou, necessariamente, das proposições antecedentes. (Responde à questão 1. da versão 2)

3.
a) V
b) F
c) V
d) V (Responde à questão 2. da versão 2)

Questão 3. ( só versão 2)
O raciocínio é a mais complexa operação do entendimento e consiste na associação entre dois ou mais juízos, dos quais se infere ou extrai uma conclusão. O raciocínio terá uma forma lógica ou válida quando a conclusão deriva, necessariamente, das proposições antecedentes.


Grupo III

(3 itens de resposta condicionada: interpretação de texto e aplicação de técnicas discursivas)


Citação do Texto:

1.
“ Qual foi a capacidade (sentimento) que esteve na origem da Filosofia?”
Responde à questão 2. da versão 2


2.
O extracto sublinhado associa-se, claramente, à radicalidade uma vez que esta traduz, a vocação filosófica de persistente procura das causas primeiras e últimas da realidade, isto é, dos seus fundamentos (raízes); o texto estabelece uma analogia com esta característica da Filosofia, ilustrada pela “ escalada do filósofo em direcção ao olhar do Grande ilusionista” - que simboliza a Causa ou causas originárias de tudo o que existe.
Responde à questão 3 da versão 2


Citação do Texto:

3. “ A Filosofia surgiu da capacidade que os homens têm de se surpreender”.
Responde à questão 1. da versão 2

FIM

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ESCLARECIMENTO de DÚVIDA:

Ssatú: o facto da Lógica ser uma ciência, não lhe retira o carácter filosófico uma vez que se ocupa do pensamento - (que é a faculdade necessária à produção de toda e qualquer reflexão e, portanto, necessária para a produção de conhecimentos / teorias) .

Por outro lado, o facto da Lógica ser uma área particular da Filosofia - e ser efectivamente uma ciência - não transforma a Filosofia numa actividade científica (já que a Filosofia não se reduz à Lógica) .
A Lógica é, de facto, um domínio muito particular no conjunto das áreas da Filosofia: é apenas uma parte específica da reflexão filosófica. Tem uma natureza científica porque possui um objecto bem delimitado ( o pensamento) e objectivos e métodos muito particulares: tem por objectivo, formular e aplicar as regras e leis do pensamento válido. O seu método é racional ( aplicando técnicas para a construção de raciocínios de diferentes tipos, dando consistência à argumentação). No entanto, o objecto e objectivos da Filosofia ( enquanto actividade especulativa e racional) são muito mais abrangentes do que o objecto e objectivos da Lógica, pelas razões que acabei de expor.

ESPERO TER AJUDADO !

CORRECÇÃO de ACTIVIDADE SUMATIVA - Dimensão Discursiva da Filosofia

QUESTÃO 1:

TEMA: O Futebol em Portugal

2 teses possíveis:

1ª É uma indústria que movimenta muitos negócios, afectando o estatuto desportivo que o futebol deveria manter.

2ª O panorama futebolístico português é corrupto.

TEMA: Os Impostos

2 teses possíveis:

1ª Deveriam assegurar o funcionamento das estruturas sociais do Estado mas, em regra, não asseguram.

2ª O sistema fiscal é injusto e pouco controlado pelo Estado que, por sua vez, é permissivo na fuga aos impostos.

TEMA: O trabalho Infantil

2 teses possíveis:

1ª Viola os Direitos Humanos fundamentais, em particular, os Direitos da Criança.
2ª É ilegal e imoral, revelando o atraso social, político e económico de um país.

QUESTÃO 2:

(Texto 1)

a) - Tema: A adolescência

b)- Tese / citação do texto: " Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho; por mais amigos que tenha, sinto-me sempre sozinho".

(Texto 2)

a) - Tema: O sentimento ( o estado psicológico ) que esteve na origem da Filosofia.
Ou:
" A origem da Filosofia".

b) - Tese / citação do Texto: " Foi (...) pela admiração que os homens (...) foram levados a filosofar".

sábado, 25 de outubro de 2008

Módulo II - Acção Humana e Valores


























" Penso, logo, EXISTO" / " Escolho, logo ajo, logo, SOU"



TEXTO DE APOIO AO ESTUDO e ACTIVIDADE FORMATIVA
Neste texto, procurarei abordar alguns dos aspectos que caracterizam a especificidade da Acção Humana, relativamente aos comportamentos de outras espécies.
Aquilo que separa o comportamento humano das condutas dos animais, só se pode compreender pela análise da complexa relação do homem com o Mundo. O mundo é assumido como o Plano de Realização das Acções - o mundo é o “palco” onde o sujeito
(agente das acções) desenvolve relações múltiplas, realizando-se como ser biológico e socio-cultural. Deste modo, as acções humanas envolvem, sempre, uma tripla dimensão: o agir biológico/natural; o agir histórico e socio-cultural e uma dimensão temporal, composta pelo passado, pelo presente e pelo futuro.
Na primeira dimensão (na dimensão natural físico - biológica), os comportamentos do homem não diferem, substancialmente, dos comportamentos das restantes espécies: tratam-se de condutas associadas à satisfação das necessidades básicas, à sobrevivência individual e à continuidade da espécie: são “acções” fixadas pela própria natureza – comportamentos instintivos, rígidos, automáticos, transmitidos genética e biologicamente, sem alterações significativas, (repetidos ao longo da existência da própria espécie). Porém, é no domínio das outras dimensões (histórica, socio-cultural, psicológica e temporal), que o homem adquire a sua verdadeira natureza e se afasta das condutas dos restantes seres vivos.
Os comportamentos sociais que regulam as relações humanas são muito mais complexos e sofrem evoluções muito mais profundas e rápidas do que os comportamentos sociais das restantes espécies (incluindo as mais dotadas do ponto de vista da inteligência, como é o caso dos primatas: símios em geral, chimpanzés, bonobos, gorilas, etc.) porque, no caso humano, temos sempre que contar com um factor incontornável: a LIBERDADE – o exercício de escolhas conscientes: o livre arbítrio.
Assim, mesmo no domínio do simples agir físico e biológico – (acções associadas à sobrevivência) se verifica que o homem não as realiza com a rigidez e os automatismos com que as outras espécies o fazem; todos sabemos, por exemplo, que o simples acto de comer está, na espécie humana, condicionado a hábitos sociais e culturais ( na Ásia não se come como na Europa ou na África); o próprio ritual das refeições diárias é acompanhado de factores de grande complexidade em todo o mundo: a confecção das refeições (culinária) o pôr da mesa, os pratos, o uso dos talheres, as regras básicas de higiene, etc. etc., para não falar da complexidade e diversidade associada aos comportamentos sexuais na espécie humana, que assumem influências sociais históricas e culturais muito fortes.
Em suma, todos os comportamentos do Homem – até mesmo aqueles que aparentemente seriam puramente biológicos/naturais, (instintivos) nunca o são somente! São marcados pela racionalidade (o homem controla as suas acções pelo raciocínio e pela vontade – livre arbítrio) e isso reflecte-se em todo o tipo de acções, sejam elas do domínio biológico/psicológico ou dos domínio social e cultural.
As acções humanas não têm por objectivo prioritário, contrariamente aos comportamentos dos animais, assegurar a continuidade da espécie, mas CONSTRUIR UM PROJECTO DE VIDA – UM PROJECTO DE EXISTÊNCIA – que depende da noção de temporalidade, isto é, da consciência (que só o homem possui) de que a sua vida se desenvolve nos planos do passado, do presente e do futuro sendo, ao mesmo tempo, o único animal que vive com a consciência da sua própria finitude: o homem constrói a sua vida, sabendo que um dia irá morrer – essa noção consciente e ritualizada* da mortalidade, não acompanha a vida de mais nenhuma outra espécie.
Assim, as acções humanas são, sempre, comportamentos orientados pela racionalidade pela consciência e pela vontade; dirigem-se sempre à construção de um projecto de vida (seja ele qual for) e, por isso são acções conscientes, intencionais e voluntárias (implicam escolhas e responsabilidade por essas escolhas). Por isso, o agir humano não é, apenas, o gesto físico, os movimentos e as diferentes práticas da vida quotidiana, mas envolve acções de uma outra natureza como o PENSAMENTO e a LINGUAGEM – que são comportamentos únicos (específicos) de um ser racional.

* ritualizada - porque desde os tempos mais remotos (primitivos), o Homem é a única espécie que realiza o Culto da Morte ( desde os mais sofisticados e complexos rituais antigos – como o dos Egípcios, até aos meetings sociais e amorfos dos funerais da actualidade no mundo ocidental).


Ana Carrasquinho

domingo, 19 de outubro de 2008

Matriz do 1º Teste / 1º Período: 30/10 a 4/11




ESTRUTURA:

2 versões com igual estrutura.
3 Grupos de questões:

Grupo I - 15 itens de escolha múltipla : reconhecimento
aplicação
selecção de conceitos e conteúdos nucleares.

Grupo II - 6 itens de resposta curta e orientada / condicionada: definições / exercício/ interpretação de enunciados e aplicação.

Grupo III - 3 questões subordinadas a texto:


Interpretação / descodificação de mensagem
explícita e implícita; aplicação das metodologias
de trabalho filosófico.
Com votos sinceros para que o vosso estudo não seja assim como o do Estudante da Gravura!

Conteúdos / Roteiro:

Todos os conteúdos da Unidade Inicial ( até à dimensão discursiva do trabalho filosófico).

Situação no Manual : do início , até à pág. 23 inclusivé).

COTAÇÕES:

Grupo I: 15 x 4 = 60 pontos - 6 valores

Grupo II: 6 x 15 = 90 pontos - 9 valores

Grupo III: 2 x 15 + 20 = 50 pontos - 5 valores

TOTAL: 200 pontos / 20 valores





Metodologia / Orientação para o Estudo:
  • Explorar todos os materiais de apoio divulgados.

  • Produzir / redigir sínteses ; produzir / esquematizar sinopses.

  • Rever, com atenção, exercícios e actividades realizadas na aula.

  • Listar / seleccionar e assimilar o significado dos conceitos filosóficos específicos e das definições operacionais.


NO MANUAL:

  • Ler e eventualmente, sublinhar, conteúdos das páginas indicadas.

  • Redigir sínteses e produzir comentários sobre os conteúdos expostos.

  • Contextualizar o estudo, com a leitura atenta dos Textos Complementares ( pág.s 36-37)

  • Utilizar dicionário para a descodificação de conceitos/noções ( se necessário).
Bom Trabalho!
Jorge disse...
Agradeço em nome da turma por nos ter facultado esta matriz, que sem dúvida nos irá ajudar a esquematizar e organizar os conteúdos leccionados, contribuindo para um maior empenho e até uma maior motivação para o estudo da disciplina.
PS: Não se preocupe, pois acredito que a nossa motivação suprime qualquer tipo de "preguiça" de aprender, pelo que de certeza não irá ocorrer com a nossa turma o que sucede na gravura.
28 de Outubro de 2008 15:10
Resposta a Jorge:
Registo com agrado o teu comentário pois a gravura, com a sua nota de ironia, apenas pretendeu neutralizar qualquer ansiedade que se possa instalar no período anterior à realização do 1º teste, numa disciplina em Iniciação. Por vezes, o humor é a melhor forma de tratarmos com seriedade qualquer assunto e a intenção foi mesmo essa: brincar um pouco, para descongestionar qualquer nervosismo que só prejudicará o vosso desempenho; ora, eu não quero que isso aconteça pois, como irão ver, não existem razões para ansiedades e nervosismo na realização do teste.
Um beijinho, Bom Estudo e até amanhã !

domingo, 12 de outubro de 2008

Recordando as propostas do Projecto Curricular neste início do 2º Período


GLOBALIZAÇÃO e SOCIEDADE da INFORMAÇÃO

Aqueles que visitarem o Blog neste início do 2º Período, certamente notarão que os conteúdos foram reajustados (muitas postagens do 1º Período foram suprimidas para rascunho), para facilitar o acesso directo dos Grupos de Trabalho às propostas do P.C.T. ( Projecto Curricular de Turma).

A Sociedade da Informação, marcada pelo incremento e gigantesca expansão das Novas Tecnologias, tem tido um impacto enorme nos ritmos de vida e nas relações do homem contemporâneo com o mundo, com os seus semelhantes e consigo próprio: já quase não existe tempo para uma existência à escala humana, que reserve lugar para a auto-reflexão, para a vida familiar, para o plácido usufruto dos tempos livres. Este é o paradoxo das sociedades contemporâneas: acreditou-se que as máquinas inteligentes viriam libertar o homem do "inferno" imposto pela industrialização dos sécs.XIX-XX. Nada de mais enganoso e ilusório! O homem contemporâneo vive marcado por outro ritmo, muito mais vertiginoso e devastador da sua própria natureza do que todos os fumos, detritos e fuligens produzidos pelas máquinas a vapor e pelas fábricas da primeira vaga industrial.
Urge perguntar o que restará da natureza humana quando a "máquina" (já não a da fábrica ou a do escritório), mas aquela que lhe entra pela casa dentro todos os dias, impõe a sua presença "sem lhe pedir licença" , ou sorrateiramente o "espia" nas ruas das grandes cidades, (através de câmaras ocultas) retirando-lhe, abusivamente, o direito de ser um cidadão anónimo (mais um), entre milhares de transeuntes descontraídos e apressados, retirando-lhe o direito de usufruir (em casa, na sua privacidade), da pausa merecida após mais um dia de trabalho.



GLOBALIZAÇÃO e NOVOS DESAFIOS AMBIENTAIS:

Nem a contemplação do espectáculo sublime do Universo é capaz de nos incutir sensibilidade e consciência suficientes, para travar a escalada consumista de contaminação e de esgotamento dos recursos energéticos. A "voragem" da Globalização impõe-nos o seu ritmo,directamente proporcional à passividade e indiferença do Homem.
Que Universo e que Planeta acolherão as gerações futuras?













CONTRASTES E ASSIMETRIAS da GLOBALIZAÇÃO:


Bairros de Luxo e Favelas




O CONSUMO QUE NOS CONSOME ...




A Galeria de imagens que está publicada nesta página é, apenas, uma nota sugestiva para o arranque das actividades no âmbito do PROJECTO CURRICULAR de TURMA:

No presente ano lectivo iremos desenvolver os Trabalhos do Projecto Curricular em torno do Tema da GLOBALIZAÇÃO.

Tendo em conta que o Programa de Filosofia se centra nos cruzamentos entre o fenómeno da Globalização e os Direitos Humanos, proponho que os Grupos de Trabalho que viermos a constituir, explorem um sub-tema associado à orientação do Programa.
Assim apresento, em seguida, algumas sugestões que os Grupos de Trabalho poderão aproveitar, não impedindo que optem por outras, sempre dentro do espírito do Tema aglutinador que é :
GLOBALIZAÇÃO e DIREITOS HUMANOS
Assim, aqui vão algumas pistas / sugestões:


1º GLOBALIZAÇÃO e ASSIMETRIAS / DESIGUALDADES no DESENVOLVIMENTO

2º IMPACTOS socio-culturais da GLOBALIZAÇÃO - ( planeta Global, planeta igual ? )

3º FOME e SOCIEDADE de CONSUMO

4º GLOBALIZAÇÃO e TERRORISMO

5º GLOBALIZAÇÃO e EXCLUSÃO SOCIAL – O drama dos sem-abrigo.

7º GLOBALIZAÇÃO e SOCIEDADE da INFORMAÇÃO.
RECORDO QUE OS TRABALHOS DEVEM SER DESENVOLVIDOS AO LONGO DO ANO LECTIVO, COM ESPÍRITO DE PARTILHA E COOPERAÇÃO
ESPERO QUE SEJAM TÃO RECEPTIVOS A ESTA PROPOSTA COMO FORAM OS VOSSOS COLEGAS DE ANOS ANTERIORES.


EVOLUÇÃO / PROGRESSO/ CONTRASTES da GLOBALIZAÇÃO: Para onde Caminha o Mundo? Para onde caminha a Humanidade?


GALERIA DE IMAGENS de apoio ao P.C.T.


Novas Expressões de Arte Urbana: Os Graffiti

A Ruralidade no Século da Informação à Escala Global



Contrastes da Aldeia Global



Bush foi à Mongólia: a Farsa dos Governantes



ÁFRICA IGNORADA ... ÁFRICA CALADA ... ÁFRICA ESQUECIDA ...

África Esfaimada






A nova " Religião" das sociedades Contemporâneas: O Consumo desenfreado


Aqueles que respigam nas lixeiras , o único alimento do dia: os despojos de uma sociedade cada vez mais obesa e insensível aos problemas desta Aldeia Global



O Fascínio do Consumo fácil: a "magia" dos "Shop Centers"









































terça-feira, 7 de outubro de 2008

Correcção do Jogo Pedagógico 1

RESPOSTAS CURTAS E OBJECTIVAS

1.

R: A afirmação é Falsa; são dois níveis do filosofar : o primeiro, espontâneo, superficial e o segundo, especializado, organizado.


2.

R: Um pensamento natural, não aprendido – que nasce connosco; fazendo parte integrante da nossa racionalidade.

3.

R: A afirmação é falsa; a Filosofia sistemática pode ocupar-se desses problemas, aprofundando-os e tratando-os em teorias que apresentam uma argumentação lógica e consistente.

4.

R: É verdade que a filosofia sistemática desconfia e combate todas as concepções consideradas inquestionáveis e que não se submeteram a um exame crítico/racional (Dogmas).
Essas concepções são dogmáticas (acríticas); são formadas e transmitidas sem que se averigue a sua veracidade/validade.

5.

R: É opinativo porque apenas traduz opiniões, pontos de vista subjectivos ( que variam de sujeito para sujeito e de circunstância para circunstância). As opiniões não são verdadeiros conhecimentos; o seu valor é relativo e limitado.

6.

R: No facto dos problemas que coloca serem universais, isto é, interessam a toda a humanidade e não apenas, aos filósofos: as questões filosóficas interpelam-nos a todos uma vez que não podemos escapar à nossa condição racional ( somos seres pensantes).

7.

R: Filosofia espontânea.

8.

R: O seu objecto é abrangente, totalizador.
A multiplicidade de definições dificulta o estabelecimento de consensos (acordos); não se torna possível encontrar uma só definição, uniforme e válida para todos os autores/filósofos.

9.

R: Opiniões / pontos de vista.

10.

R: As ciências especializam-se no estudo de um objecto bem definido (bem delimitado).


11.

R: O Ser - a Totalidade do Real : a totalidade dos problemas que podem ser equacionados pelo pensamento humano.

12.

R: Reflexivo, crítico, problematizador, (Racional).

13.

R: Teorias (organizadas em Sistemas de pensamento)

14.

R: Porque leva as suas interrogações até ao limite: até à raíz dos problemas, procurando reflectir as suas causas, os seus fundamentos.

15.

R: É verdade, porque a filosofia espontânea é um pensamento vulgar, quotidiano,(típico do homem comum); reflecte as crenças, os costumes, as tradições culturais de um povo, de uma sociedade. O senso comum traduz-se no modo de viver e na mentalidade colectiva.

16.

R: Alternativa C : uma crença (senso comum).

17.

R: Nasce associado à vida e serve para orientar a própria vida: aplica-se aos problemas do quotidiano, traduzindo o modo de pensar do homem comum; é pragmático porque se aplica aos problemas práticos e imediatos da existência de cada um de nós ; por isso, é útil , no sentido em que soluciona a maior parte desses problemas.

18.

R: numa atitude de humildade relativamente ao conhecimento; o verdadeiro filósofo nunca se julga na posse da verdade, não sendo arrogante no que toca a essa matéria. Os verdadeiros filósofos têm consciência dos limites do entendimento humano.

19.

R: “ Eu só sei que nada sei ”. ( esta máxima atribuída a Sócrates, revela uma atitude de sageza, isto é, de sábia ignorância: reconhecimento dos limites do entendimento e do conhecimento humano).

20.

R: “ Philos” e “Sophia”.

21.

R: Foi atribuída a Pitágoras.
Philos – significa “amiga”; Sophia – significa “Sabedoria”; ( a Filosofia foi tomada nesta 1ª definição como a actividade amiga da sabedoria)

22.

R: Do estudo do conhecimento em geral: (o Conhecimento é analisado enquanto actividade da consciência).


23.

R: do Ser (Objecto da Filosofia).

24.

R: Axiologia (Área que investiga os Valores).

25.

R: Axiologia.

26.

R: Deus Existe? Haverá vida depois da morte?
A Metafísica ocupa-se de todas as questões que não podem ser conhecidas por via da experiência/vivência, ou pela aplicação de qualquer método usual de investigação como, por exemplo, o método experimental. ( Os problemas metafísicos não decorrem da experiência - são problemas que têm a sua génese na Razão humana: decorrem da nossa capacidade natural de pensar).

27.

R: O Sagrado / o Divino e o seu oposto: o Profano ( tudo o que não é sagrado).

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Proposta de abordagem da Actividade Diagnóstica 1

O que Somos? De onde viemos? Para onde caminhamos? O que podemos esperar? O que poderemos conhecer?

O texto refere-se a um acontecimento recente ( uma experiência arrojada e ambiciosa) que ocupa, actualmente e no decurso das próximas décadas, a comunidade científica.
Não se trata de apurar as causas de um fenómeno particular considerado isoladamente, trata-se, antes, de tentar penetrar um pouco no mistério que envolve as origens - o Grande Mistério da EXISTÊNCIA , a partir de um teste experimental que recriará as supostas variáveis inerentes a uma das teorias sobre a origem do Universo: a teoria do BIG BANG.
Esta aventura ambiciosa reforça os laços de proximidade entre a Filosofia e a Ciência; de facto, a teoria do Big Bang é, por enquanto, uma arrojada HIPÓTESE ( uma mera especulação, tão filosófica quanto científica) que revela a ambição de conhecer e a insatisfação da racionalidade humana.
Tal como os filósofos, desde a Antiguidade até hoje, os cientistas perseguem a Verdade. Ambas, Filosofia e Ciência procuram, através da colocação racional de problemas (hipóteses/ especulações) respostas que possam aproximar a humanidade do Sentido e Significado do REAL, vincando a diferença entre a Verdade e a Aparência, entre o Conhecimento e a opinião. Ambas (ciência e filosofia) são actividades racionais e anti-dogmáticas: desconfiam das "pseudo-verdades" que não se submetem ao exame crítico do raciocínio e da experiência. São ambas permanentemente críticas e insatisfeitas e procuram examinar os preconceitos e as opiniões correntes do conhecimento vulgar ( senso comum). Ciência e filosofia não se fazem a favor da opinião, mas contra a opinião - o conhecimento racional não é opinativo.
Porém, através desta experiência, os cientistas pretendem ir mais longe do que alguma vez foi possível: já não se trata de explicar um fenómeno próximo ( pela compreensão e apuramento das suas causas mais próximas), já não se trata de explicar como é que a Natureza funciona, na sua imensa diversidade, mas antes como é que se teria "comportado" o suposto Princípio que teria estado na ORIGEM de TUDO o QUE EXISTE: a Causa Primeira, a Causa de Todas as causas e verificá-la experimentalmente.
Os cientistas sempre se dedicaram à especulação (pois, tal como os filósofos, são criadores de teorias) mas diferem dos filósofos quando procuram a sua fundamentação pela PROVA Experimental. Os filósofos, pelo contrário, estão convictos que a Prova experimental não se aplica à resolução de todo o tipo de Problemas; as provas experimentais respondem, frequentemente, ao "COMO" é que os fenómenos funcionam, mas deixam sem resposta muitos dos seus fundamentos: os seus PORQUÊS. Neste sentido, a Filosofia é uma investigação mais RADICAL do que a ciência.
- Porque existem, com que finalidade? Quais as suas causas mais originárias? O que são as coisas em si mesmas? Estas são algumas das questões que alimentam a curiosidade filosófica.
A existir um clima originário de partículas que supostamente teriam estado na base de tudo o que existe, qual a CAUSA ou causas PRIMEIRAS/ ORIGINÁRIAS de tudo isso ?
Em que Tempo e Espaço? Em que plano de Existência? ( se o BIG BANG funciona como PRINCÍPIO FUNDADOR do próprio tempo e do próprio espaço?), como se geraram as condições para que esse fenómeno acontecesse? Que outras respostas poderiam explicar a HIPÓTESE radical que a teoria do Big Bang encerra? Tão radical quanto a hipótese da existência de um Deus criador?
Estas são algumas das interrogações filosóficas que se poderão colocar.
De facto, para cada solução que a Razão humana pode encontrar, surgem sempre novas interrogações, novos problemas: a FILOSOFIA é, antes de mais, uma actividade PROBLEMATIZADORA.
Ambas, Filosofia e Ciência procuram, com métodos e processos diferentes, o conhecimento.
Ambas são problematizadoras e interrogativas, mas a Filosofia insiste em colocar,desde sempre e fundamentalmente, todas aquelas questões de que a ciência nunca se ocupou ou que abandonou (questões residuais) ou daquelas que apelam para as causas primeiras e últimas: para os FUNDAMENTOS das coisas - nisso consiste a RADICALIDADE da Filosofia ( procura ir à raíz dos problemas).
A vocação da actividade científica é a de levantar problemas para encontrar respostas: necessita de apresentar resultados e de aplicá-los (quando isso é possível); não perde tempo com questões supostamente "inúteis", cujos factos/fenómenos não se podem submeter a testes experimentais, ou a qualquer outro tipo de PROVA.
A filosofia não se ocupa apenas dos problemas que podem ter soluções (experimentais ou outras) mas de todos aqueles que a RAZÃO humana é capaz de colocar. Um problema é sempre útil e legítimo desde que seja racionalmente colocado e contribua para o treino da inteligência, aperfeiçoamento da sensibilidade e aprofundamento do sentido crítico.
A filosofia procura tornar-nos com a sua investigação cada vez mais HUMANOS - cada vez mais conscientes de nós próprios e do mundo em que nos encontramos inseridos. É essa a nobre missão de todos os filósofos.
A todos os alunos que esperam, pacientemente ( e talvez com alguma ansiedade) o resultado do exercício diagnóstico, apelo a um pouco mais de paciência. É que o arranque do ano lectivo não tem sido fácil, com toda uma série de tarefas acumuladas.
Deixo, no entanto, esta proposta de comentário que servirá certamente para rever o essencial destas nossas primeiras aulas.

Ana Jorge disse...
Olá professora. Estive a ler a proposta de comentário e não pude deixar de comentar. É realmente uma síntese de tudo o que abordámos nas primeiras aulas. Ao lê-la, fui recordando tudo o que tinha sido falado/debatido em aula. Na minha opinião temos sorte que exista
‘a Filosofia’, que se encarrega das questões residuais e de outras, inúteis aos olhos da Ciência, mas importantes para o futuro da sociedade. Penso que o comentário está muito correcto e acessível aos alunos.
Obrigada, Ana Jorge, 10º A. 26 de Setembro de 2008 05:15
Ana , Duarte e Aissatu (Satu):
É essa uma das funções desta Plataforma de Comunicação; faço-a com todo o carinho e entusiasmo com e para os meus “companheiros” deste ano, como sempre fiz para todos os "alunos-companheiros” de gerações mais recuadas. Registo, com agrado, que já vai havendo alguns visitantes frequentes, entre os quais vocês.
Dos comentários que me enviaram, constatei que considerem úteis para o vosso estudo, os conteúdos que vou publicando; é essa, aliás, uma das finalidades desta ferramenta. Porém, não se esgota nisso pois desenvolveremos, através dela, outras vertentes para além do apoio ao estudo.
Como gestora do Blog terei organizar e moderar os comentários ( para que o conteúdo publicado não se multiplique em demasia, tornando-se denso e confuso para quem quiser usá-lo como meio de apoio ao estudo). Os comentários ficam sempre disponíveis para quem quiser abri-los, mas não poderei publicar todos, ou com a frequência que eu própria desejaria, pelas razões que acabei de expor.
Espero que compreendam.
Carolina e Ssatu: registo, com agrado, a frequência com que visitam o Blog e os vossos Comentários encorajam-me a continuar. ( Fico contente por acharem que é útil).
Nota: Ssatu! Vamos procurar escrever no português convencional.
Aqui ficam os vossos comentários:

Carolina disse...
Boa noite professora, No outro dia vim ver o blog, mas não consegui comentar. Achei uma ideia muito criativa, bem como educativa. Em relação à disciplina, desde logo me despertou curiosidade por saber o que era a filosofia. Mas afinal, não existe uma definição concreta nem uma vocação especializada, tem por objecto a totalidade do real. Gosto por isso mesmo, ou seja, de não se focar num só tema.Em relação a este post, está uma síntese muito boa, de todas estas aulas, pelo que será importante para o meu estudo.Obrigada,Carolina. 10ªA
28 de Setembro de 2008 12:06
satu disse...
Queria apenas felicitar a professora, por ter um blog tao actualizado e por ter o coidado de colocar todas as informções de que necessitamus.Este novo projecto de turma é muito interessante e tenho a certeza de que no final do ano iremus aprender que realmente "uma imagem pode valer mais do ue mil palvras!"
18 de Outubro de 2008 07:51


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Breves ...

Àqueles alunos que já aderiram ao desafio de participar neste projecto (agora em construção) e de "espreitar" o projecto desenvolvido nos dois anos lectivos anteriores, quero deixar uma mensagem breve de reconhecimento e de estímulo para continuarem.
Este blog será mesmo uma plataforma privilegiada de trabalho e de comunicação entre nós.

Até Breve, Ana

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Comentário recuperado

Duarte disse:

"Sendo a Filosofia também uma disciplina que pretende responder a alguns perguntas, apesar de não ser essa a sua principal função e caso a proposta fosse para a frente, desejava que a docente de Filosofia do 10.ºA, fosse a coordenadora do projecto do Parlamento dos Jovens 2009, uma vez que alguns alunos dessa turma estão interessados em participar".


Fico honrada com o convite e prometo que a seu tempo falaremos
( em conjunto com a turma) sobre esse assunto.

Bom fim de semana !
Duarte, congratulo-me por teres sido o primeiro participante deste projecto.
Por lapso, exclui o teu comentário e só mais tarde consegui recuperá-lo e publicá-lo.



quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Módulo Inicial: Iniciação à Actividade Filosófica

Imagem do acelerador de partículas

O QUE É A FILOSOFIA ?
- Quais as questões da Filosofia?

Precisamente no passado dia 10 de Setembro de 2008 ( quase em coincidência com o arranque do ano lectivo), uma vasta equipa de cientistas ( físicos) puseram em andamento uma ambiciosa experiência: uma gigantesca máquina - um acelerador de partículas - tenta reproduzir o ambiente físico e químico do fenómeno cósmico originário vulgarmente designado por Big Bang.

Procuram, assim, reproduzir artificialmente o acontecimento natural que esteve na origem do Universo e conhecer um pouco melhor os seus mistérios, os enigmas que sempre inquietaram a humanidade e que ainda hoje (apesar dos inúmeros progressos da ciência), continuam a intrigar e a estimular o espírito de descoberta.

Todas as grandes descobertas se iniciaram com a colocação de problemas - e um dos problemas para o qual estes cientistas procuram respostas através desta experiência é, precisamente, tentar apurar a natureza de uma partícula - a partícula elementar ( a partícula originária) que alguns desses cientistas ( com bastante humor e humildade) já apelidaram de" a partícula divina".

Segundo as estimativas dos físicos que trabalham neste projecto, ele só começará a possibilitar algumas respostas no prazo mínimo de um ano de permanente trabalho e investigação e, mesmo assim, a humanidade nunca estará na posse das respostas fundamentais sobre a Origem do Universo, o seu sentido, as suas causas mais remotas, o seu destino ...

Sabemos hoje que o Universo é finito e se encontra em acelerada expansão; estamos longe de desvendar os seus inúmeros mistérios ocultos e, com eles, o próprio mistério do sentido da vida e em particular, do sentido da vida humana.

- Quem somos ? Qual o sentido da nossa existência e para onde caminhamos, são também algumas das interrogações (problemas) fundamentais da Filosofia desde que ela existe enquanto actividade racional e problematizadora e desde que se constituiu ( na Grécia antiga) como um saber organizado composto por inúmeras teorias criadas por filósofos (pensadores); estes primeiros sábios/intelectuais iniciaram a longa marcha do conhecimento de que os actuais cientistas são herdeiros, alimentando ainda hoje uma mesma chama: a luz que ilumina o espírito e combate as trevas.